Livro que ressalta importância da restinga é lançado em São João da Barra - Porto do Açu

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Livro que ressalta importância da restinga é lançado em São João da Barra

Patrocinado pela Prumo, o livro destaca as ações de preservação ambiental desenvolvidas na região.

Conhecer o ecossistema de restinga de São João da Barra, destacando as ações de preservação ambiental realizadas na região. Este é um dos objetivos do livro “O Tempo e a Restinga”, que será lançado hoje, 18, no Palácio Cultural Carlos Martins, em São João da Barra. Patrocinado pela Prumo, empresa que desenvolve e administra o Porto do Açu, o livro foi coordenado por Maria das Graças Machado Freire e Vicente Mussi-Dias, professores do ISECENSA (Institutos Superiores de Ensino do Censa), de Campos dos Goytacazes, tendo também como autores o Eng. Florestal Daniel Ferreira do Nascimento e a especialista em Fotografia Geisa Márcia Barcellos de Siqueira.

“O Tempo e a Restinga” é o primeiro livro que descreve e apresenta as espécies vegetais que ocorrem nas restingas de São João da Barra. Ele destaca as ações de conservação realizadas na região que possuem como um dos principais exemplos a criação da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Caruara, criada voluntariamente e mantida pela Prumo no entorno do Porto do Açu.

“O livro resgata o que foi e a importância atual da restinga para a região. É o primeiro que une o passado e o presente com perspectivas futuras, induzindo os leitores a conhecerem e preservarem este ecossistema. Ele foi construído com base em quatro pilares: o nostálgico, que mostra o passado local; o ambiental, com a proteção, preservação e recuperação da restinga; o científico, com o estudo da biodiversidade; e a sensibilidade, através das fotografias que mostram a restinga”, conta Vicente.

O livro é dividido em quatro capítulos. O primeiro, chamado de “O Canto do Vento”, relata a relação das pessoas com o ecossistema de restinga e com o trabalho desenvolvido na região de São João da Barra. No segundo capítulo, intitulado “Cartas à Restinga”, são apresentados depoimentos que induzem os leitores a imaginar o efeito nostálgico desse ambiente para algumas pessoas que viveram na região. O terceiro capítulo apresenta a importância da preservação ambiental com as experiências implantadas na região, com ênfase para a criação da RPPN Fazenda Caruara. “Cores e Aromas”, o quarto e último capítulo, apresenta e descreve 38 espécies vegetais da restinga de São João da Barra.

“Criar a RPPN Fazenda Caruara, permitindo a preservação de um dos mais importantes remanescentes de restinga da região norte fluminense, é uma das ações que mais temos orgulho. Além disso, criamos o único viveiro florestal dedicado ao ecossistema de restinga, com capacidade produtiva de 500 mil mudas por ano. Estas duas ações, além de permitirem a restauração florestal da RPPN, também geram conhecimento, contribuindo com a descoberta de novas técnicas, que podem ser aplicadas nas restingas em todo o país”, conta Eduardo Xavier, Diretor de Regulação e Sustentabilidade da Prumo.

No lançamento também será inaugurada uma exposição fotográfica sobre a restinga de São João da Barra. No total serão 20 fotografias, que ficarão no Palácio Cultural para visitação até o dia 18 de março.

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RPPN Fazenda Caruara
Com aproximadamente 40 km² de área, a Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Fazenda Caruara é a maior unidade de conservação privada de restinga do país, e a única do estado do Rio de Janeiro que protege este tipo de ecossistema. Para se ter uma ideia, sua área representa cerca de 60% de todas as RPPNs criadas pelo Estado.

Na RRPN Fazenda Caruara são desenvolvidos trabalhos de recomposição vegetal e monitoramento da fauna e flora local que empregam cerca de 40 pessoas – todas da região. Todas as mudas plantadas na RPPN são produzidas em um viveiro instalado no Porto do Açu. Específico para espécies de restinga, o viveiro pode produzir até 500 mil mudas por ano e é o maior da América Latina.

Atualmente, o viveiro produz e maneja mais de 70 espécies de restinga e, até agora, mais de 700 mil mudas já foram produzidas e plantadas na RPPN. Algumas destas espécies estão na lista de ameaçadas de extinção (MMA Portarias nº 443/14 e nº 444/14), como a pimenta da praia (Jacquinia armilaris), o ingá mirim (Inga maritima) e o pau ferro (Melanopsidium nigrum).

Além da relevância ambiental da RPPN Fazenda Caruara, sua criação tornou possível a ampliação da arrecadação do ICMS Verde pelo município de São João da Barra. Apenas no ano de 2014, o município recebeu R$ 1.524.531,00 referentes ao repasse de ICMS ecológico.