Em comemoração aos 7 anos da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara, a Porto do Açu realizou uma expedição que contou com representantes do Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São João da Barra e do Comitê de Sustentabilidade do Complexo.
O objetivo da visita foi apresentar os diferentes estágios do trabalho de recomposição florestal de restinga desenvolvido pela empresa na RPPN Caruara, criada e mantida voluntariamente pelo empreendimento. A comitiva teve a oportunidade de ver de perto o contraste entre as áreas de vegetação natural íntegra e de áreas que foram degradadas no passado e que ainda estão em fase de recuperação.
Para o coordenador de Meio Ambiente da Porto do Açu, Daniel Nascimento, a expedição deste grupo à Caruara é estratégica para os avanços do trabalho de preservação da reserva: “O grupo pôde ver a grandiosidade e a qualidade ambiental da nossa unidade de conservação. Reforçamos que a Caruara não é apenas um ativo do Complexo, mas de todo o município de São João da Barra”, destacou.
Ele também ressaltou a importância da sinergia entre o Complexo e o Conselho Municipal para validação do Plano de Manejo da RPPN Caruara, já aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e em fase de execução pela Porto do Açu: “Estamos organizando o uso, visitação e preservação da unidade em um plano de gestão. O documento estabelece regras gerais de uso da reserva e as ações prioritárias a serem implementadas, como interação ordenada da comunidade com a RPPN. Por isso, frisamos o envolvimento de diferentes setores neste assunto que é de interesse de todos”, disse.
O presidente do Conselho Municipal, o biólogo Marcos Machado, também reconheceu a importância da agenda de hoje e parabenizou o Porto pelo trabalho de recuperação da restinga: “Entendemos que é fundamental o Porto abrir as portas da Caruara para uma visita de campo para os membros do Conselho, não só para que todos conheçam o trabalho de reflorestamento que é realizado pelo empreendimento, mas também para dinamizar as reuniões do nosso grupo. Trabalhar com Meio Ambiente requer vivenciar as práticas ambientais”, afirmou.
Além de programas de visitação e educação ambiental, o Plano de Manejo inclui monitoramento e pesquisa. Desde que foi criada, em 2012, a RPPN já serviu de base para 24 estudos, com mais de 47 produtos acadêmicos, entre teses, artigos e resumos.
Sobre a RPPN Caruara
Criada e mantida voluntariamente pela empresa, a RPPN Caruara tem aproximadamente quatro mil hectares – o equivalente a quatro mil campos de futebol e a quase metade da área operacional do Complexo. Trata-se da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Estado e maior unidade privada de restinga do país. Na unidade de conservação, são desenvolvidos trabalhos de recomposição vegetal e monitoramento de fauna e flora, com mão de obra local. Hoje, cerca de 40 moradores da região trabalham no espaço. Todas as mudas plantadas na reserva são produzidas em um viveiro próprio, que é dedicado ao ecossistema de restinga e pode produzir até 500 mil mudas por ano. O viveiro produz e maneja 87 espécies e, até agora, mais de um milhão mudas foram produzidas e plantadas na RPPN. Em toda a área preservada, já foram identificadas 240 espécies de flora e 311 de fauna, incluindo algumas ameaçadas de extinção, como o melocactus (Melocactus violaceus), o largato do rabo verde (Ameivula littoralis) e a borboleta da praia (Parides ascanius). Em 2018, o projeto de preservação da RPPN Caruara foi o vencedor, na categoria Ecossistema, do Prêmio Brasil Ambiental, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham).