Um protocolo de intenções foi assinado entre o Sistema FIEMG e a Prumo Logística, empresa que desenvolve e opera o Porto do Açu, hoje, em Belo Horizonte, durante a reunião da Diretoria Executiva da FIEMG. O Porto do Açu foi apresentado como ferramenta para otimizar a logística das empresas, tanto para escoar sua produção quanto para importação de insumos e recursos.
“Vamos fazer do Porto do Açu, o Porto de Minas”, diz Olavo Machado Junior, que também chamou a atenção para a necessidade de investimentos em infraestrutura para melhorar o acesso.
Para o presidente da Prumo, José Magela, o Porto do Açu tem potencial para ser a solução portuária da indústria de Minas Gerais, pela sua localização estratégica e toda a infraestrutura do complexo. “Somos um porto privado e vamos atender as necessidades específicas de cada cliente, entendendo a demanda do estado e as cargas existentes, para planejarmos esta parceria”, disse Magela.
O Porto do Açu, que está em operação desde 2014, conta com um Terminal Multicargas (T-MULT), autorizado a operar com graneis sólidos e carga de projetos, e que já movimenta bauxita produzida pela Votorantim em Mirai (MG). Segundo Magela, o T-MULT também é competitivo para outros setores da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do Norte de Minas Gerais, com destaque para siderurgia, rochas ornamentais, veículos e coque.
Porto do Açu
O Porto do Açu, localizado em São João da Barra (RJ), conta com 90 km², divididos em dois terminais: o Terminal 1 (T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore), além de área para a instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial.
O T1 é dedicado à movimentação de minério de ferro e petróleo, com berços construídos em 3 km de cais. Em operação desde outubro de 2014, o terminal já recebeu mais de 100 navios de minério de ferro para a Anglo American (que opera em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais) e movimentou mais de 13 milhões de toneladas do produto. A Prumo e a Anglo American possuem uma joint venture, chamada Ferroport, que é formada 50% por cada companhia. No T1, também está localizado o Terminal de Petróleo (T-OIL), que possui capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris de petróleo por dia e que inicia neste mês a operação.
O T2 é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão, 300 metros de largura e até 14,5 metros de profundidade. As empresas Technip, NOV, InterMoor, Wartsila, Edison Chouest e BP-Prumo já estão operando suas unidades no terminal.