Fábrica pode ser instalada no Porto do Açu ou em regiões adjacentes para atender empresas do complexo portuário
A Prumo, holding responsável por desenvolver o Porto do Açu, e a Geo Bio Gas&Carbon, líder no desenvolvimento da cadeia de biogás no Brasil, anunciaram uma parceria para a realização de um estudo de viabilidade para potencial instalação de uma planta de geração de biogás no porto-indústria ou em regiões adjacentes. Pelos termos do Memorando de Entendimentos (MOU), será avaliada a instalação da fábrica e também o uso da infraestrutura logística de apoio do Açu, incluindo plantas de purificação, produção de biocombustíveis, liquefação e unidade de produção de hidrogênio de baixo carbono.
A unidade será a primeira dedicada à produção de biogás no Açu e o objetivo é que o biogás possa atender as empresas instaladas no complexo portuário. Com tecnologia proprietária da Geo Bio Gas&Carbon, a planta em estudo terá capacidade de produção de 200 mil m³/dia de biometano.
As discussões em curso para a conexão do Porto do Açu com a malha de gasodutos doméstico, através da NTS ou da TAG, constituem fator importante para a constituição da parceria já que há a possibilidade de escoamento do biogás através destas rotas futuras. “A localização do Porto do Açu facilitará o escoamento dos produtos gerados a partir do biogás, como o biometano, para a principal região consumidora do país, o Sudeste. A estratégia de negócios da Prumo é fazer deste porto a melhor plataforma para projetos de energias renováveis no país, promovendo a industrialização de baixo carbono. A partir do gás gerado através da biomassa, podem surgir produtos derivados, como biometano e SAF, que estão no nosso radar, e também para consumo industrial de outras plantas já instaladas e em estudo no Açu”, projeta Mauro Andrade, diretor de desenvolvimento de negócios da Prumo.
Os estudos devem ser desenvolvidos por até dois anos até a decisão de investimento. Para Alessandro Gardemann, CEO da Geo Bio Gas&Carbon, “a possibilidade desta nova planta é a materialização do plano anunciado ao mercado com foco na expansão em negócios renováveis, permitindo a descarbonização em indústrias de difícil redução de emissão, como transporte marítimo, mineração e aço verde”.
A Geo possui três usinas em operação e cinco em implantação, chegando em 2024 com pelo menos oito grandes operações de produção de biogás e/ou biometano.