Rio de
Janeiro, 12 de agosto de 2015 – A Prumo registrou EBITDA (lucros antes de
juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 43 milhões no 2º
trimestre deste ano. O dado consta do relatório de resultados do 2º trimestre
de 2015, divulgado hoje pela companhia e que evidencia que este foi o terceiro
trimestre em que a empresa registrou o resultado positivo.
“Estamos celebrando um novo momento na companhia. Há um ano recebemos no porto
o 1º carregamento de minério de ferro. Desde então, 60 embarcações já atracaram
no Porto do Açu. Entramos em operação dentro do orçamento previsto e com os
prazos estimados e os principais riscos identificados na mudança de controle
foram mitigados em menos de dois anos. O terceiro trimestre seguido com EBITDA
positivo é uma consequência destas realizações”, conta Eduardo Parente,
presidente da Prumo.
Desde 2007, quando começou a ser construído, já foram investidos R$ 8,5 bilhões
no Porto do Açu. Deste montante, R$ 3,2 bilhões foram investidos pela Ferroport
(joint venture formada pela Prumo e a Anglo American) e pela Anglo American, e
R$ 5,3 bilhões pela Porto do Açu Operações (subsidiária da Prumo Logística). Os
valores não contabilizam os juros capitalizados.
Destaques
O 2º trimestre de 2015 foi marcado por anúncios relevantes, como a assinatura
de contratos, expansão de áreas e negociação da dívida. “Tivemos muitas
novidades nos últimos meses, que engrandecem o Porto do Açu. A Edison Chouest
antecipou suas opções, assinou contrato com a Petrobras e anunciou que a sua
base de apoio offshore começará a operar em novembro e será a maior do mundo. A
BG trouxe suas operações de transbordo de petróleo para o Açu e a Oiltanking
reconheceu no terminal o valor de US$ 1 bilhão. Alinhamos o perfil da nossa
dívida aos nossos fluxos de caixa ao alongá-la para 18 anos, com quatro de
carência. Assinamos contrato e iniciamos as operações de bauxita com o grupo Votorantim.
É o reconhecimento de muitas empresas de classe mundial nas vantagens
competitivas do Porto do Açu”, ressalta Parente.
A Prumo assinou contrato com BG para realização do transbordo de um volume
médio de até 200 mil barris de petróleo por dia no Porto do Açu. O contrato tem
duração de 20 anos e estabelece ainda que, em um prazo de até 18 meses a contar
da data de assinatura, a BG terá a opção de aumentar a quantidade do
take-or-pay para até 320 mil barris de petróleo por dia. A primeira operação está
prevista para agosto de 2016.
Além disso, a Edison Chouest exerceu a opção para expansão de sua área,
passando para 597.400 m² de área total, com 1.030 metros de frente de cais. Com
15 berços para atracação de navios e um estaleiro para reparos, a unidade será
a maior base de apoio offshore do mundo e poderá alcançar uma movimentação de
mais de 6.000 embarcações por ano.
A Prumo também assinou contrato com a incorporadora carioca InterRio para a
instalação de um hotel no Complexo Industrial do Porto do Açu. O
empreendimento, que tem investimento previsto de R$ 30 milhões, terá área de
10.649 m² e 200 quartos. O hotel é o primeiro empreendimento de um centro de
conveniência que está sendo desenvolvido no porto e contará ainda com salas
comerciais e serviços de conveniência.
Já em julho, a Prumo assinou contrato com a Votorantim Metais para movimentação
de bauxita e coque no Terminal Multicargas (TMULT) do Porto do Açu. O contrato,
que prevê a movimentação de 300 mil toneladas por ano, tem a primeira operação
prevista para agosto deste ano e marca o início da operação do terminal.
Além disso, a empresa assinou contrato com a Oiltanking para venda de 20% do
Terminal de Petróleo do Porto do Açu pelo valor de U$200 milhões. A empresa
também será responsável pelas operações do Terminal, que está licenciado para
movimentar até 1,2 milhão de barris de óleo por dia e tem capacidade para
receber navios VLCC.
A Prumo recebeu aprovação definitiva do BNDES para empréstimo de longo prazo no
valor de R$ 2,8 bilhões, dos quais R$ 2,3 bilhões serão utilizados para a
amortização de empréstimos-ponte concedidos anteriormente pelo Banco e com
fiança bancária dos bancos Bradesco e Santander. O prazo total do financiamento
será de 18 anos, sendo 4 anos de carência e 14 anos de amortização.
A empresa também assinou contrato de gestão comercial da área ocupada pela OSX
no Complexo Portuário do Porto do Açu, com exclusividade para prospectar novos
investidores dispostos a instalar empreendimentos voltados ou relacionados à
indústria naval.
Resultado
De abril a junho deste ano foram investidos R$ 300 milhões no Porto do Açu (não
incluindo juros capitalizados), sendo R$ 139,5 milhões pela Ferroport e Anglo
American, e R$ 160,5 milhões pela Porto do Açu Operações. Deste total, R$ 51,9
milhões foram aplicados na construção do quebra-mar e R$ 66,6 milhões na
dragagem, ambos do Terminal 1. No canal do Terminal 2 foram desembolsados R$
80,3 milhões, que inclui R$ 29,7 milhões no quebra-mar, R$ 4,8 milhões na
dragagem do canal e R$ 45,8 milhões no TMULT e outros.
No 2º trimestre de 2015, a receita líquida consolidada foi de R$ 88,2 milhões
em comparação a R$ 19,5 milhões no mesmo período do ano anterior. A diferença
refere-se principalmente aos novos contratos assinados ao longo de 2014 e
início de 2015 e ao início das operações da Ferroport em outubro de 2014.
Somente a receita líquida referente ao contrato de take-or-pay totalizou no
trimestre R$ 63 milhões (50% da receita reconhecida na Ferroport).
A Companhia fechou o terceiro trimestre com um saldo em caixa e equivalentes de
R$ 150 milhões e com endividamento de R$ 3,3 bilhões, incluindo os juros e
atualização monetária. Com o refinanciamento da dívida com os bancos Bradesco,
Santander e BNDES, a dívida financeira de curto prazo foi integralmente
estendida para o longo prazo. Desta forma, o balanço da Companhia no próximo
trimestre já irá refletir esta operação.
O resultado financeiro líquido consolidado no período foi negativo em R$ 67,5
milhões. As despesas financeiras foram de R$ 92 milhões, compostas
principalmente de juros, corretagens e variação monetária. As receitas
financeiras foram de R$ 24,5 milhões, compostas principalmente de juros sobre mútuo,
rendimentos sobre aplicações financeiras e juros. O prejuízo líquido foi de R$
23,5 milhões.
Sobre a Prumo
A Prumo Logística desenvolve e opera o Porto do Açu. A empresa oferece soluções
de infraestrutura para a indústria de óleo e gás, além de área para a
instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial no Porto
do Açu. A Prumo é controlada pelo grupo EIG Global Energy Partners desde 2013.
Localizado em São João da Barra (RJ), o Porto do Açu iniciou sua operação em
2014, e com excelência em segurança serve empresas líderes em seus setores. O
Porto do Açu conta com 90 km² de área, dividida em dois terminais: o Terminal 1
(T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore).
O T1 é dedicado a movimentação de minério de ferro e petróleo, com berços
construídos em 3 km de cais e que podem receber navios com calado de até 24
metros. Em operação desde outubro de 2014, o terminal já recebeu mais de 30
navios de minério de ferro para a Anglo American. As empresas possuem uma joint
venture (chamada de Ferroport), que é formada 50% por cada companhia.
O TOIL, que começa a operar em agosto de 2016, será operado pela Oiltanking e
tem capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris por dia, recebendo navios
Suezmax e VLCCs. Recentemente, a empresa assinou contrato para transbendo de
petróleo com a BG por 20 anos, com volume médio de 200 mil barris por dia. O T1
também conta com projeto de armazenamento de petróleo e outros serviços de
petróleo em terra.
O T2 é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de
extensão, 300 metros de largura e até 14,5 metros de profundidade. A Technip,
NOV e Wartsila já estão operando suas unidades no T2. O Terminal Multicargas
(TMULT) iniciou sua operação em julho com a movimentação de bauxita para a
Votorantim. A Edison Chouest Offshore (ECO), que está construindo no Porto do
Açu a maior base de apoio offshore do mundo com 15 berços, já assinou contrato
com a Petrobras para a operação de 6 berços no seu terminal. Além disso, a BP e
a Prumo criaram uma joint venture (formada 50% por cada empresa) para a
comercialização de combustível marítimo aos navios que trafegam no porto.
A Prumo também criou a RPPN Fazenda Caruara, maior unidade privada de restinga
do país, com 40 km². O Porto do Porto do Açu emprega atualmente cerca de 10 mil
pessoas, sendo 3,5 mil já na operação das unidades. Quando estiver em operação
plena, a previsão é que o Porto do Açu gere cerca de 40 mil empregos.